Na última semana, entre os dias 16 e 20 de março, realizamos duas oficinas na sede do Museu do Índio no Rio de Janeiro. Começamos visitando os acervos, o que é sempre muito legal, já que nos fazem lembrar de histórias antigas e a equipe da museologia gosta muito, porque ajuda muito a qualificar as informações do acervo.
Foi bacana porque nós (pesquisadores kalapalo) aprendemos a fazer pesquisa na base de dados do acervo do Museu do Índio e já vimos que muitas informações precisam ser corrigidas. Especialmente a das peças mais antigas do Museu, que a pessoa que doou a peça (em geral não índios que visitaram o Xingu há muito tempo) muitas vezes não entendeu direito do que se tratava e passou alguma informação um pouco errada.
Pra quem quiser fazer essa pesquisa e ajudar a melhorar as informações, o link pra busca é esse aqui: http://base2.museudoindio.gov.br/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl82.xis&cipar=phl82.cip&lang=por
Pesquisadores Kalapalo, Tauana e Teue olhando máscara Piju no acervo do Museu. Ao fundo, a antropóloga Marina Pereira Novo que os acompanhou nas oficinas
Pesquisadores Kalapalo, Tauana e Teue olhando máscara kuambü no acervo do Museu
Também conseguimos ver no cervo alguns vídeos bem antigos sobre os Kalapalo. Nossas famílias na aldeia sempre cobram a gente pra levarmos as fotos e os vídeos de seus pais e avós. Infelizmente a gente só conseguiu cópia de um dos vídeos que tem lá no acervo. Os outros ainda precisamos conseguir autorização com quem é dono dos direitos (mesmo sendo imagens nossas, não podemos ficar com cópia dos filmes). As fotos do acervo do Museu já estão todas digitalizadas e podem ser acessadas pela base de dados do acervo.
Também foi muito legar podermos visitar a exposição dos Ashaninka que estava acontecendo lá no Museu.
Fantasiados de Ashaninka
Além da visita ao acervo, nós fizemos uma nova oficina de edição, agora pra trabalhar com os vídeos que fizemos sobre a documentação do pilão. O curta, com pouco mais de 10 minutos, já está quase pronto. Ficaram faltando apenas os ajustes finais e as legendas, pra que todo mundo que não entenda nossa língua possa assistir ao filme. De qualquer forma, já levamos essa primeira versão de volta pra aldeia Aiha pra que todo mundo que participou da oficina possa dar sua opinião sobre o que achou do filme antes de sua finalização. Vejam que lindos que ficaram os pilões, que logo mais estarão no acervo no Museu do Índio:
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